domingo, 24 de maio de 2009

Saudade


Perfume que destila a flor em pétalas acordadas
Lagrima que ressumbra ao termo de um sorriso,
Reflexo do passado, escombros de alvorada,
Nesga que mal se vê do extinto paraíso.

Vaga lembrança de uma história ideal de fada
Que em vão tenta avivá-la o cérebro indeciso,
Longínquo ressoar de nota já vibrada,
Ametista da dor na cravação do riso.

Miragem singular das ilusões de outrora,
E do oásis do passado edênica miragem,
No deserto areal de angustia que devora.

SAUDADE – barco azul que no presente aporta,
Delineação fugaz de uma apagada imagem,
Alma evolada, enfim, de uma esperança morta...

Adoniran cruz

2 comentários:

Cássia disse...

Doni,
Saudade do que não foi, saudade do que não vi, saudade por não ter vindo aqui antes e ler um poeta em que a sensibilidade aflora!
Beijos.

Davi Machado disse...

Muito bom!!!
belos versos poeta!!!