quinta-feira, 14 de maio de 2009
Mata-me
Queres matar-me? Mata-me, criança!
É tão doce ser morto por um lírio!
Queres matar-me? Mata-me a esperança,
Que eu anseio contente o meu martírio!
Queres matar-me? Mata-me sem pena,
Sacia o teu capricho sanguinário;
Que me importa morrer – branca açucena,
Si em teus olhos perdura o meu calvário.
Queres matar-me? Mata-me, não temas!
Eu perdôo sorrindo o teu delito
E me vingo de ti em meus poemas!
Cumpre, afinal, o teu maior desejo,
Dá-me o veneno, o teu sorrir bendito,
Dá-me o punhal, um fervoroso beijo...
Aristides Iorio...
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