sábado, 16 de maio de 2009

Espasmo



Trêmula, nervosa,
Nos meus braços fortes,
Tu te transfiguras,
Logo de repente,
O corpo inteiro
Se estorcendo
Em ânsias,
Em graciosos coleios
De serpente.
E os olhos bonitos
Já semi-fechados
Num envolvente,
Límpido marasmo,
Provam que te achas
Totalmente presa
Nas espirais vermelhas
Do espasmo.

Adoniran Cruz

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