
Sonhei que, numa carteira
Debruçado,
Eu te escrevia
Bem extensa carta,
Onde o teu nome,
Tão mimoso e audível,
Era à flor das linhas,
Repetidas a farta.
Mas quando,
Molhando a pena
No tinteiro,
Em tinta de brasas
E crisol,
Vi que errando
Ou desviando o alvo,
Alguns pingos caiam
No lençol.
Adoniran Cruz



Nenhum comentário:
Postar um comentário