quinta-feira, 8 de outubro de 2009


Sonhei que, numa carteira
Debruçado,
Eu te escrevia
Bem extensa carta,
Onde o teu nome,
Tão mimoso e audível,
Era à flor das linhas,
Repetidas a farta.
Mas quando,
Molhando a pena
No tinteiro,
Em tinta de brasas
E crisol,
Vi que errando
Ou desviando o alvo,
Alguns pingos caiam
No lençol.

Adoniran Cruz

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