sexta-feira, 3 de julho de 2009

Ilusão de hoje


E foi assim, foi assim,
Naqueles tempos
Tantos prazeres tão poucos!
Tanto ardor nos meus delírios
Se me quedava a cismar,
Sozinho, a consultar os lírios,
Sob o crepe do luar!
Oh! Grande ilusão que embala,
Sóis de loucura fantasia!
Só por um olhar de opala,
Eu me perdi cantando,
A palpitar um dia!

Adoniran Cruz

Um comentário:

Unknown disse...

A poesia mesmo escrita de uma forma melancólica, se torna bonita. As palavras me levaram por um momento a recordar algo que foi tão intenso e ao mesmo tempo, ilusório.
Adorei, poucas palavras e grande significado.